Sou Humberto Cesar Pornaro, designer gráfico, ilustrador, desenhista e artista visual. Minha trajetória começou em 1985, entre mesas de desenho, arte-final e produção gráfica. Na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, tive a oportunidade de aprender computação gráfica e conhecer os primeiros computadores Macintosh, ainda com o sistema OS 6 — uma nova janela que se abria no universo visual. Ali mergulhei no mundo do scanner de imagens, Photoshop V2, QuarkXPress, PageMaker e FreeHand, e foi com este último que descobri minha paixão pelas artes vetoriais.

Desde então, nunca parei de criar. Hoje, diante da expansão da inteligência artificial, continuo acreditando que a arte orgânica, aquela feita à mão — com lápis, canetas, tintas, papéis e telas —, seguirá ganhando ainda mais relevância. Acredito que o futuro criativo está no equilíbrio entre o humano e o tecnológico: a intuição aliada à potência da máquina, abrindo portas para novos universos estéticos.

Minha trajetória passou por agências, editoras e pelo setor cultural, com destaque para o período no SESC São Paulo, onde vivi experiências marcantes ao acompanhar exposições memoráveis e desenvolver materiais de comunicação para grandes projetos. Mais tarde, segui o caminho do empreendedorismo criativo, unindo arte, design e experimentação.

A arte sempre esteve presente em minha vida — entre desenhos, árvores, mandalas, abstrações geométricas e ilustrações de arte sacra. Atualmente, minha pesquisa está voltada à arte abstrata, um território de liberdade e questionamento constante. Inspiro-me nos mestres do passado, na luz, nas formas desconhecidas, nos símbolos e na beleza que surge do diálogo entre técnica e intuição.

Em minhas artes abstratas, busco expressar o invisível — o instante em que o traço encontra o silêncio e o gesto se transforma em energia. Trabalho com composições que revelam harmonia, ritmo e contraste, explorando a geometria, a luz e o espaço como linguagem poética. Cada obra nasce de uma escuta interior, de um estado de presença, e convida o observador a mergulhar no próprio olhar. Mais do que representar, procuro sugerir caminhos, abrir camadas de sentido e provocar uma experiência sensorial que une razão e emoção, pensamento e mistério.